Edgar Antunes, Seixal (Distrito de Setúbal)
À Descoberta pelos Tempos é “uma iniciativa visionária” da associação À Descoberta, explica o membro da direção, Edgar Antunes. O objetivo é “a aquisição de um planetário portátil único” para dar base a um projeto que “vai além da simples contemplação de estrelas e constelações” para transportar “o público através das diversas épocas da história da Terra e do universo de forma imersiva e educativa”, conta. “Levaremos essa experiência fascinante a escolas, jardins e espaços públicos, promovendo o interesse pela história e pelas ciências naturais de maneira lúdica e cativante”, acredita Edgar Antunes
Maria Georgeta, Setúbal
"Iniciamos isto como uma brincadeira", conta entre risos Maria Georgeta. A brincadeira dá pelo nome de Associação de Moradores do Bairro Afonso Costa, e desde a sua fundação em 2018 que a presidente da direção não tem dúvidas que “se sente muito preenchida com este trabalho de ajuda às pessoas”. Após um trabalho que começou com a luta pelo controlo de rendas, o trabalho associativo de Maria começou a focar-se também na criação de melhores condições de vida para o bairro onde habita, sendo o elo entre a população e as entidades locais e ao ajudar as pessoas a fazer requisições, a alertar para situações e a “preencher papéis", sem esquecer o apoio aos habitantes “mais idosos e desfavorecidos”. O bairro prepara-se agora para sofrer uma requalificação, fruto da aplicação de verbas do PRR, e a presidente acredita que o trabalho tem sido “bem-sucedido”. Apesar de fazerem "tudo o que é possível", a meta é clara: “Precisamos de mais sócios e dinheiro para fazer mais”.
Sílvia Vilar, Borba (Distrito de Évora)
Vive e tem origem em Badajoz, mas é em Borba que Sílvia Vilar exerce como médica de família e foi aí que, em 2019, fundou a Borba Contigo Cidade Compassiva, uma associação sem fins lucrativos que visa sensibilizar e ajudar nos cuidados no fim de vida. “Lutei muito para que houvesse uma equipa ao domicílio de cuidados paliativos”, conta, e a experiência fê-la perceber que “há muitos mitos” em redor de cuidar das pessoas que estão a morrer e a falta “apoio e compaixão” não só para quem passa por essa experiência mas também para quem se dedica a ser cuidador, muitas vezes em circunstâncias difíceis. Para alterar essa situação dedica-se a desenvolver “ações de sensibilização” junto da população mais jovem para que se “interessem mais em preservar as memórias e as tradições” e ajudem mais. É disso exemplo o “encontro intergeracional” que vai promover já este sábado, 9 de setembro, com um “jogo de malha” típico da região para juntar os mais velhos como os mais novos, assim como um encontro a 30 de setembro que junta a celebração do Dia Mundial da Música ao dos Paliativos para mostrar a “importância destes cuidados”. “Já fizemos muitas coisas e vamos fazer muitas mais”, afiança.
Carlos Godinho, Estremoz (Distrito de Évora)
A ARTMOZ associação cultural foi fundada em 2022 e pouco depois lançou a BIALE - Bienal Internacional do Alentejo, “projeto cujo objetivo é levar a arte contemporânea e o património cultural nacional e internacional para um espaço onde a cultura popular ainda é muito dominante”, elabora o fundador e presidente, Carlos Godinho. Com um conceito assente “no sistema ECOcultural, onde a ruralidade e a cidade ganham uma nova dimensão artística”, trata-se duma iniciativa “onde vários artistas ligados à pintura, desenho, escultura, fotografia, instalações e cerâmica, têm oportunidade de mostrar o seu trabalho” com o objetivo de “trazer um discurso novo no que respeita à arte contemporânea” e de dar um novo impulso a projetos semelhantes na região, “uma vez que se apresenta como o único evento a sul do Tejo deste género”.
João Cruz, Ponte de Sor (Distrito de Portalegre)
“Criamos o Coral Polifónico de Ponte de Sor há cerca de 27/28 anos”, diz João Cruz, que se mantém como presidente da instituição. Com direção artística de um maestro local e de pessoas de todas as freguesias do concelho, tiveram várias atuações e distinções no estrangeiro ao longo dos anos, mas a saída de alguns membros e o impacto da covid-19 obrigaram a um reposicionamento que deram um novo foco ao grupo. “Passamos de cerca de 40 pessoas para metade”, revela, o que não tira o ânimo de continuar: “Este ano tivemos uma atividade feita pela primeira vez, que foram concertos solidários em todos os locais onde exista população de terceira idade no concelho”. Foi “um sucesso enorme”, segundo João Cruz, pois já tem “75 anos” e sabe “o agrado” que este contacto “pode trazer, sobretudo para quem está nos lares e nas residenciais”. O objetivo é continuar a “transmitir coisas ligadas ao património cultural português, atividades bairristas, e estar junto “das populações mais isoladas”, com a vontade de “ir novamente ao estrangeiro” e voltar a “cativar e a angariar mais pessoas” para o grupo.
O que é o Bairro Feliz
O projeto
O Bairro Feliz é um projeto do Pingo Doce que conta com o apoio do Expresso e que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida nos bairros. Para isso é lançado um desafio onde entidades locais públicas ou privadas (associações, IPSS, fundações, cooperativas) ou grupos de vizinhos até cinco pessoas inscrevem projetos “que promovam um impacto positivo” nos seus bairros.
As ideias
Enquadram-se em seis áreas: ambiente; apoio animal; apoio social e cidadania; cultura, património, turismo e lazer; educação; e saúde, bem-estar e desporto. Estas são analisadas por um painel de jurados que faz uma primeira seleção e depois levadas a votação popular nas lojas.
O prémio
Cada vencedor ganha até €1000 para desenvolver o seu projeto.
Os prazos
As candidaturas serão avaliadas de 5 de julho a 9 de outubro e votadas nas lojas de 10 de outubro a 25 de novembro, dia em que serão também anunciados os vencedores.
Saiba mais
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