Miguel Simões, Lisboa
Fundada em abril de 1997, a Associação de Moradores do Condado-Marvila tem como “principal objetivo promover a coesão social e o bem-estar dos moradores” explica o presidente, Miguel Simões. Entre iniciativas como “o projeto em parceria com a Ciência Viva - Pavilhão do Conhecimento” que oferece uma série “de atividades relacionadas à ciência”, o responsável acredita que “há espaço para melhorias no espaço comunitário”. É aí que surge a “visão” para um Bairro Feliz que passa por “construir um baloiço panorâmico, aproveitando a vista privilegiada que temos para alguns pontos da cidade. “Seria um espaço de lazer e bem-estar para todas as idades, ao oferecer à comunidade um local onde possam desfrutar de momentos de descontração e contemplação". Algo que não se afigura fácil, mas que Miguel Simões defende ser possível “com o apoio de todos” para “tornar este bairro em Chelas/Marvila um lugar ainda melhor para se viver”.
Pedro Espada Cordeiro, Alenquer (Distrito de Lisboa)
O que é um grupo de jazz? É um pequeno laboratório “de relações pessoais, de diferentes pontos de vista, por vezes contraditórios, num equilíbrio instável e apenas possível pelo respeito à diferença”, explica o presidente da direção da Associação AlãoJazz, Pedro Espada Cordeiro. Por proporcionar “ferramentas educativas e artísticas tão importantes” é que os fundadores pretendem difundir o género pela região Oeste e por Alenquer, porque se é verdade “que o jazz nos aproxima e nos dá a conhecer novos formas de ouvir e olhar o mundo, também é verdade que nos pode aproximar do próprio local que habitamos”. Foi por isso que a associação fundada em 2019 promoveu o ciclo “Rotas do Jazz” que “levou a Big Band AlãoJazz a locais menos conhecidos do concelho, com segredos” patrimoniais e arquitetónicos bem guardados" que eram “desconhecidos da maior parte do público” e onde até então “nunca se tinha realizado música”. Até porque “aproximar as pessoas entre si e aproximá-las dos locais que habitam é proporcionar-lhe novas formas de criação, de relações e de afetos”, afiança.
Rui Pedro Barreiro, Santarém
A centenária Sociedade Recreativa Operária de Santarém tem as suas origens em 1915 e desde então que presta um serviço de proximidade à comunidade a partir dos novos desafios que surgem. Um dos projetos mais recentes de intervenção comunitária foram as “aulas de português totalmente gratuitas para estrangeiros” com professores voluntários, conta o membro do conselho fiscal da instituição, Rui Pedro Barreiro. Tudo começou com uma “manifestação de interesse por parte da comunidade indiana” só que rapidamente “alunos de várias nacionalidades, como nepaleses, ucranianos, ou argelinos” também quiserem fazer parte. “Arranjamos um quadro interativo e manuais”, explica, com as turmas a reunirem-se aos “sábados e domingos”. Já se realizaram o equivalente a “dois anos letivos” e há a intenção de retomar este ano com ajuda de “alguns professores que se aposentaram” e que “querem ajudar”. Para promover a integração também têm organizado “convívios gastronómicos” em que os alunos trazem receitas dos seus países e os voluntários dão a conhecer iguarias portuguesas.
Teresa Batista, Abrantes (Distrito de Santarém)
Como a “única instituição de apoio social a idosos desta área e o maior empregador da mesma zona”, o Centro de Solidariedade Social do Souto desempenha um papel fundamental em Abrantes e a presidente da direção, Teresa Batista, admite que após as obras que estão a decorrer nas instalações, tem como ambição comunitária “criar um espaço de mobilidade e lazer”. Trata-se do equivalente a “um ginásio” com aparelhos adequados e onde os idosos e outros pudessem fazer atividades como ginástica, dança sénior, terapia pela dança, ioga e talvez fisioterapia com ajuda de um terapeuta que aconselharia" o equipamento certo. O objetivo é não só abranger os “utentes, mas todos os residentes que quisessem participar nas atividades” para “proporcionar uma vida mais feliz e descontraída para todos”.
António Carrilho, Portalegre
“Estamos a construir, em parceria com a Associação de Pais e Amigos do Agrupamento, um Eco-Campo Escutista”, explica o chefe do Agrupamento 142 de Portalegre, do Corpo Nacional de Escutas, António Carrilho, que se destina a “promover atividades escutistas” abertas a todos com base nos princípios “da ecologia e sustentabilidade”. Para que a ideia passe do papel para a realidade, já se realizaram “algumas melhorias, como a instalação de luz ou a vedação”, mas falta “algum caminho a percorrer para que seja possível abrir o campo à comunidade”. Enquanto recebem alguns donativos e tentam angariar mais dinheiro, uma das principais prioridades é a recuperação de “uma pequena construção existente no campo, na qual seriam instalados arrumos, sala de reuniões e, mais importante, uma dependência destinada aos primeiros socorros”.
O que é o Bairro Feliz
O projeto
O Bairro Feliz é um projeto do Pingo Doce que conta com o apoio do Expresso e que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida nos bairros. Para isso é lançado um desafio onde entidades locais públicas ou privadas (associações, IPSS, fundações, cooperativas) ou grupos de vizinhos até cinco pessoas inscrevem projetos “que promovam um impacto positivo” nos seus bairros.
As ideias
Enquadram-se em seis áreas: ambiente; apoio animal; apoio social e cidadania; cultura, património, turismo e lazer; educação; e saúde, bem-estar e desporto. Estas são analisadas por um painel de jurados que faz uma primeira seleção e depois levadas a votação popular nas lojas.
O prémio
Cada vencedor ganha até €1000 para desenvolver o seu projeto.
Os prazos
As candidaturas serão avaliadas de 5 de julho a 9 de outubro e votadas nas lojas de 10 de outubro a 25 de novembro, dia em que serão também anunciados os vencedores.
Saiba mais
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