O Qashqai já mostrou que é muito popular em vários mercados, incluindo Portugal. Os seus argumentos convenceram, pelas suas formas curvas, proporções equilibradas e um estilo de condução simpático, garantindo sempre elevada visibilidade sobre a estrada. Agora a Nissan renovou esta gama, com um novo bloco diesel de 1.6 litros de cilindrada e 130 cavalos. E se o anterior motor dCi de 1,5 litros já era razoável, com o novo motor o Qashqai ganhou fôlego, ficando com um desempenho ao nível do antigo motor diesel de 2 litros.
Mas essa vantagem adicional também se reflete no preço, que ficou ligeiramente mais "salgado", atendendo aos cerca de 30 mil euros que se desembolsam pela sua compra (numa versão que já não seja espartana).
Do ponto de vista do comportamento dinâmico, é inegável que este Qashqai tem argumentos sedutores. Não sendo um carro avantajado, tem largura suficiente para transportar confortavelmente quatro adultos e uma criança, dispondo de bagageira com dimensões q.b. que permitem levar as malas de todos (mas de pequena dimensão). Os consumos deste motor são interessantes, embora revelem algum "apetite", pois é difícil manter médias inferiores a 6,5 litros.
J.F.P.F.
Quem calce mais de 43 é capaz de achar a pedaleira desta nova versão algo acanhada. Em contrapartida, de certeza que gosta do novo motor 1.6, muito mais vivo que o antigo 1.5dCi de fabrico Renault (e ainda usado na versão mais barata). O que não admira, porque passa dos antigos 110 para 130 cavalos. A nova motorização é mais viva mas, em muito baixa rotação, obriga e recorrer mais à caixa. Há uma coisa em que estes motores diesel modernos são fantásticos: barulho, nem pensar! Já o consumo me pareceu relativamente pouco sensível à condução: 6,5 l/100, fosse devagar, depressa ou assim-assim. Mas não me custa admitir que se consiga fazer um bocado menos.