A Toyota decidiu renovar este ano o C-HR (correspondente à designação coupé-high rider), lançado em 2016. Há mudanças na carroçaria (que, mesmo assim, não tornaram muito menos “fechados” os lugares traseiros), mas a diferença
está na motorização híbrida carregável à corrente (PHEV), na linha da que passou a equipar o PRIUS. Garante uma autonomia da ordem dos 60 km (compatíveis com as necessidades médias casa/trabalho), mas uma vez (quase) descarregada a bateria, passa a comportar-se como um híbrido recarregável em andamento (self-charging hybrid), com consumos semelhantes a estes. Onde houve um trabalho digno de nota foi no aperfeiçoamento da transmissão. Esta, baseada num trem epicicloidal que simula uma caixa de variação contínua, era algo ruidosa em regimes mais exigentes, gerando o desagradável “efeito de batedeira”. O problema foi superado em mais de 90% e isso é, de facto, um progresso.
A carga da brigada híbrida
Nada melhor que uma viagem entre Lisboa e Murça, às portas do Douro vinhateiro património mundial, para testar o Toyota C-HR PHEV. Mesmo posta em reserva à saída de Lisboa (o modo 100% elétrico foi feito para a cidade), a bateria foi esvaziando aos poucos pelo caminho. O consumo variou consoante o trajeto e os declives, entre os seis e os oito litros aos cem. Uma bateria maior que a dos híbridos simples tem a vantagem de carregar em descidas prolongadas e, assim, do hospital de Lamego até ao viaduto da Régua recuperou 8 km elétricos, gastos até Vila Real.
TOYOTA C-HR PHEV
Forma SUV, 5 portas e 5 lugares
Preço-base €34.153
PVP Desde €43.520
Motor a gasolina de dois litros+motor elétrico+bateria iões de lítio
Potência combinada 223 cv
Binário combinado 208 Nm
Caixa de tipo variação contínua
Velocidade máxima 180 km/h
Aceleração 7,4 (0-100 km/h em seg.)
Bagageira 310 l
Depósito de combustível 43 l
Comprimento/largura/altura
4,36/1,83/1,56 m
Tempo carregamento 6,5 horas (doméstico, 10 A); 2,5 horas wallbox 32 A
Consumo combinado até descarga da bateria 0,8 l/100 km
Emissões combinadas de CO2 17 g/km