Este carro representa uma pequena revolução, uma vez que, com exceção do Dacia Spring, é o elétrico mais barato do mercado: de 23 a 27000 euros. É a democratização da mobilidade elétrica e um sinal
de que a indústria europeia começa a enfrentar a concorrência chinesa. Disso é também exemplo, o novo Renault 5 (100% elétrico).
Ambos são, por assim dizer, filhos dos homens fortes dos dois construtores. O R5 nasceu da paixão de Luca di Meo por um protótipo que andava esquecido, enquanto Carlos Tavares impôs aos engenheiros da Citroën o que eles não queriam, ou seja, que a plataforma a utilizar no novo C3 tanto suportasse uma motorização
elétrica, como térmica. Ou seja, o mesmo carro, em versão térmica (mais barata, da ordem dos €15 mil) ou elétrica. É um regresso aos
velhos tempos da Citroën, quando o 2 cv era a versão francesa do carro para todos, adaptando-se aos imperativos da eletrificação sem sacrificar o térmico.
Suspensão do Dakar para todos
O novo C3 traz para os modelos de base soluções que a Citroën só usava em veículos mais sofisticados, caso da suspensão de batentes hidráulicos progressivos (nascida das participações no Dakar com Vatanen e Lartigue, 1991/96). Com a sua posição de condução elevada, tem ares de um pequeno SUV: 4 m de comprimento. Na versão a gasolina há caixa manual de seis velocidades e um motor a gasolina de 100 cv e custa de € 14990 a 19200. Ambas as versões têm as informações essenciais na linha de visão do condutor, mas sem projeção virtual na face interna do para-brisas.
CITROËN E-C3
Forma Hatchback, 5 portas, 5 lugares
Preço-base Desde €18.938
PVP Desde €23.300
Motor elétrico com bateria de lítio, ferro e fosfato (44 kWh)
Potência 113 cv
Binário 120 Nm
Caixa de velocidades automática
Velocidade máxima 135 km/h
Aceleração 11 (0-100 km/h em seg.)
Bagageira 310 l
Comprimento/largura/altura
4,01/1,76/1,57 m
Autonomia até 326 km
Tempo de carga (de 0 a 80%) De 4h10
(monofásico, 7 kW) a 2h50 (trifásico
11kW) ou 26 minutos (rápido, 100 kW)