Europeias 2019

Pedro Marques: “A direita não tem uma palavra sobre os direitos sociais”

O cabeça de lista do PS acusou PSD e CDS de não fazerem a proteção social e o combate à pobreza uma prioridade. Vieira da Silva elogiou-lhe a persistência

MIGUEL A. LOPES

Num debate abençoado pelo ministro e pai político, José António Vieira da Silva, Pedro Marques insistiu na necessidade de centrar a discussão sobre o futuro da União Europeia na construção “de um novo contrato social”. “Os que conhecem o nosso património sabem que é connosco que os direitos sociais mais aumentaram”, sublinhou o cabeça de lista do PS às europeias.

Voltando a dizer que Paulo Rangel e Nuno Melo estão apenas empenhados em explorar “o primeiro caso do dia” e na “picardia”, o socialista acusou a “direita de dizer zero” sobre política. “A direita não tem uma palavra sobre os direitos sociais”, insistiu.

Para o socialista, ainda há muito a fazer a nível europeu no reforço da proteção social, na discriminação de género, na formação, no direito das crianças e no combate à pobreza dos idosos. “Sempre que diminuimos as desigualdades foi com medidas de Governos do PS. É essa a nossa marca e queremos fazer um pouco de tudo disto tudo na Europa. Os que conhecem o nosso património sabem que é connosco que os direitos sociais mais aumentaram”, defendeu.

Vieira da Silva: “Não me lembro de nenhuma vez que Pedro Marques tenha desistido”

Antes de Pedro Marques, já o ministro do Trabalho e Segurança Social tinha apresentado a grande bandeira do PS. “O que é que nós queremos? Ser parte de uma União Europeia preocupada com a coesão ou de uma União Europeia que se dedique apenas que os mercados funcionam, que as mercadorias circulem sem grande obstáculos e que a economia funcione? Não. Temos de colocar a preocupação social no centro das nossas decisões. O futuro das pessoas, dos filhos, existência de melhor emprego, maior proteção social. É para isso que existe a União Europeia. Se não cumprir, arrisca-se a falhar com gravíssimas consequências para todos nós.”

A terminar, o ministro, de quem Pedro Marques chegou a ser secretário de Estado, deixou um elogio ao cabeça de lista do PS às europeias. “Lembro-me dele quando tinha 20 e poucos anos. Sempre foi uma pessoa com ar sério, porque ele é uma pessoa séria. E tem uma característica que não é muito comum em Portugal: uma enorme capacidade de persistir, de não desistir. Não me lembro de nenhuma vez que Pedro Marques tenha desistido”.