Outros, menos ousados, lembraram simplesmente que a autorização de despesa está no Orçamento (como estavam alguns milhares de milhões de investimento público que não foram executados ao longo dos últimos anos, curioso esquecimento) e, portanto, que o desembolso é uma questão de dogma de fé. O que é certo é que trataram a posição inicial do primeiro ministro como um delírio (e houve mesmo quem usasse o termo). Estes arautos da boa conta ficaram assim com substanciais razões para se regozijar com o rápido recuo do Governo nesta matéria, dando o dito por não dito. A sanidade foi restabelecida, a crise-que-não-foi-crise já passou.
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Ora anote dois bons truques para assaltar os contribuintes
Foi bonita de ver, a galeria de solenes articulistas que vieram rasgar as vestes pelo pagamento imediato dos 850 milhões ao Novo Banco. Entre os mais vocais, alguns comentadores indignaram-se contra a mirabolante hipótese de fazer depender a decisão de uma auditoria, asseverando que o contrato obriga ao pagamento incondicional. Para não ser desagradável e não me atrever a suspeitar da sua probidade, dou por certo que os comentadores paguistas conhecem o dito contrato, visto que é secreto para todos nós, os demais, e fizeram uma exaustiva perícia jurídica a esse texto, para dar razão à Lone Star