Onde foi que isto começou? Onde foi que todos estes partidos desataram a somar votos a ponto de talvez poderem valer um quarto ou um terço do próximo Parlamento Europeu, no mais anunciado cavalo de Troia da história recente? Este exercício, de tentar encontrar um ponto de partida, tem tanto de legítimo como de inútil. Não nos leva a um acontecimento preciso, ou melhor, leva-nos a tantos lugares, pessoas e momentos, que a pergunta fica sem a resposta fácil que quase sempre pretendemos encontrar.
Neste caso nem vale a pena recorrer ao truque dos que se contentam em dizer que David Cameron é “o” responsável pelo ‘Brexit’, esquecendo a guerra interna e as deserções que dilaceravam o Partido Conservador, as dificuldades que a crise financeira e das dívidas públicas tinham colocado aos governos do Reino Unido nas idas a Bruxelas e, acima de tudo, que o UKIP de Nigel Farage tinha vencido as eleições europeias de 2014 com 26%. Sim, Farage foi, de longe, o maior responsável pelo ‘Brexit’, batalhando pela saída da UE durante vinte anos até que conseguiu capturar a política britânica e encurralá-la num referendo em junho de 2016.
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