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Mexia voltou, atacou mitos da energia e pediu “ativismo coletivo”: “Portugal tem que ter mais vontade para ir mais depressa”

António Mexia, que durante 14 anos liderou a EDP, reapareceu no espaço público numa palestra no Taguspark, em que percorreu vários dos desafios que o setor energético enfrenta hoje. A energia nuclear faz parte da solução no mundo, mas não no nosso país, defendeu. “Há 500 tópicos úteis para discutir em Portugal. Esse é totalmente inútil”

Antonio Mexia momentos antes de uma palestra no Taguspark.
Nuno Fox

A palestra está marcada para as 17h mas só começa meia hora depois. António Mexia, antigo presidente executivo da EDP, chega com Alexandre Fonseca, o ex-presidente da Altice Portugal, e cumprimenta António Saraiva, outro “ex”, mas da CIP. A plateia do auditório do Taguspark está composta, mas longe de estar cheia. Na hora e meia seguinte a poltrona branca no palco permanecerá vazia, porque Mexia fala de pé. Pouco ou nada mudou no estilo, na postura e na linguagem, verbal e não verbal, do homem que liderou a gestão da EDP durante 14 anos.

António Mexia decidiu reaparecer no espaço público para tentar desmontar meia dúzia de mitos da área da energia. Socorre-se de estudos e documentos de entidades como a McKinsey, Morgan Stanley e Lazard. E apoia-se, aqui e ali, em chavões. “O futuro é elétrico”, diz-nos para começo de conversa.