O Novo Banco tem uma exposição de 48 milhões de euros à Rússia, devendo-se a maior parte deste montante a títulos de dívida que tem em carteira. O banco admite perdas por conta da guerra.
São precisamente 48.189 mil euros aqueles que estão registados no relatório e contas do Novo Banco como a exposição à Federação Russa, 43.140 dos quais dizem respeito a obrigações na sua posse.
O Observador tinha noticiado que o Novo Banco tinha obrigações da Gazprom (falando em 10 milhões), mas afinal há títulos de maior valor que estão no balanço da instituição liderada por António Ramalho. O Novo Banco tinha já dito que a exposição era a empresas e não aos países (não era risco soberano).
Os restantes 5049 mil euros de exposição dizem respeito a crédito a clientes.
“Existe a possibilidade de o novobanco vir a ser impactado por perdas nos ativos expostos àqueles países decorrente das referidas sanções, bem como da destruição que se verifica na Ucrânia com a guerra”, escreve o banco no relatório.
Nesse documento, a entidade controlada pelos americanos da Lone Star lembra que, “no dia 24 de fevereiro de 2022, a Federação Russa deu início a uma operação militar em território da Ucrânia, tendo desencadeado uma guerra que de momento envolve três países (Rússia, Ucrânia e Bielorrússia)”. “Em resposta, foram aprovadas diversas sanções com o objetivo de impactar a economia da Rússia, e também a da Bielorrússia, por um conjunto de países nos quais se incluem os países da NATO, da União Europeia e outros”, e é esse facto que pode vir a custar dinheiro ao banco.
Quanto à Ucrânia, a exposição do Novo Banco ascende a 938 mil euros, enquanto à Bielorrúsia é mais diminuta, na ordem dos 209 mil euros.
Em Portugal, os supervisores financeiros têm considerado que a exposição é limitada, mas não há um valor global sobre qual o volume de ativos dos bancos nacionais que estão expostos às três economias diretamente afetadas pela guerra.