O festival de cinema DocLisboa, previsto para outubro e hoje apresentado, desenhou uma programação para "revisitar o que foi vivido para imaginar o porvir", com filmes que "não fogem do conflito ou da memória".
A 23.ª edição do DocLisboa - Festival Internacional de Cinema foi hoje apresentada em Lisboa pela nova direção, encabeçada por Hélder Beja, dando conta de alguns dos mais de 200 filmes a exibir entre 16 e 26 de outubro.
Este ano, o festival reparte-se pela Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa e Cinema Ideal, com 211 filmes provenientes de 54 países, incluindo 31 obras portuguesas.
A competição portuguesa conta com obras como "A baía dos tigres", de Carlos Conceição, "Andar com fé", de Duarte Coimbra, ambos em estreia mundial, e "Fuck the Polis", de Rita Azevedo Gomes, vencedor do grande prémio no festival de Marselha.
O DocLisboa abre com "With Hasan in Gaza", de Kamal Aljafari, "uma homenagem urgente à resistência em Gaza", filmada em 2001.
Desta programação, o festival destaca a exibição de "As Brigadas Revolucionárias na Luta Contra a Ditadura (1970-1974)", de Luiz Gobern Lopes, e a versão integral de "O Riso e a Faca", de Pedro Pinho, premiado em Cannes.
Na secção "Heart Beat" será mostrado "Memórias do Teatro da Cornucópia", de Solveig Nordlund, além de uma homenagem a Robert Wilson e Luciano Berio, e filmes sobre Jeff Buckley, Madonna, Duran Duran e Andy Kaufman.
Entre os convidados deste ano estão o canadiano Denis Côte, que apresentará "Paul", e o realizador Eugène Green, que encerrará o festival com "A Árvore do Conhecimento".
O DocLisboa, dedicado sobretudo ao documentário, é dirigido desde março por Hélder Beja, com Boris Nelepo e Cíntia Gil como programadores.