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Re-gi-o-na-li-za-ção. A palavra tabu

O Governo quer mas não diz. Os partidos querem quase todos. Só o CDS recusa. Mas o tema vai regressar em força antes das legislativas. No PSD, Rio assume que o PS é o partido charneira e está pronto a dar a mão a Costa. Não foi este argumento que o fez ganhar contra Montenegro. Frases da semana.

“O PSD tem de colocar sempre o interesse nacional em primeiro lugar. Imagine que o PS queria que o PSD apoiasse em troca de algo grande, eu teria de fazer essa pergunta ao partido. O Conselho Nacional teria de decidir o que seria melhor para o país. Em função do resultado, temos de ver o que fazer.”
Rui Rio, líder do PSD, 4 de fevereiro, no podcast Perguntar Não Ofende

16 valores no índice de previsibilidade. Há duas características importantes na política: a previsibilidade e a imprevisibilidade. Uns políticos são previsíveis e isso torna-os em porto seguro de eleitores, mas correm o risco de se tornarem aborrecidos e pouco entusiasmantes. Outros são imprevisíveis, hábeis e xadrezistas, mas em excesso tornam-se pouco confiáveis. Neste caso, a frase de Rui Rio no podcast de Daniel Oliveira não é propriamente uma notícia, mas uma reconfirmação a viva voz da estratégia do PSD em curso desde que o antigo presidente da câmara do Porto chegou à liderança. É uma forma de Rio ser previsível, confirmando - a mostrar as cartas todas que tem na mão há um ano -, que está disponível para entendimentos com o PS. E este é só o ponto central da divisão interna que tem animado o PSD, e que acelerou a saída de Pedro Santana Lopes, por exemplo, com todos os efeitos sistémicos que isso pode ter na direita.

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