Índice de Citacionismo

A “cor” de Costa e o exemplo de Obama

António Costa deitou gratuitamente gasolina da fogueira da tensão racial no Parlamento. Barack Obama fez ao contrário: usou a sua aura como primeiro negro na Casa Branca para juntar um negro agredido com o polícia que o prendeu por engano, para beberem uma cerveja. Se o PM queria invocar a cor, que fosse para fazer o mesmo

“Deve ser seguramente pela cor da minha pele que me pergunta se condeno ou não condeno os atos de vandalismo em Portugal.”
António Costa, primeiro-ministro, 25 de janeiro

20 valores no índice do mau gosto político. A resposta de António Costa a Assunção Cristas no debate quinzenal é intolerável. Nem a líder do CDS fez qualquer insinuação - perguntou apenas se o PM condenava o vandalismo, como forma de o tentar fazer entrar em contradição com o BE, que criticava a polícia - nem o contexto o justificava. Foi assim, gratuitamente e a frio, que o primeiro-ministro cravou a invocação racista nos diários do Parlamento. “Vergonha alheia”, respondeu bem Cristas. Os deputados ficaram “boquiabertos”, diria Fernando Negrão, do PSD, ao Expresso. E Ferro Rodrigues teve de intervir para a conversa não descer ainda mais. Num terreno em que é fácil atear fogos que alimentam extremismos, Costa fez o contrário do que o seu papel obriga: no mínimo, não lançar gasolina para um lume perigoso.

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