Eu sei que pode parecer um cliche, mas a realidade é mesmo esta: O amor não escolhe idades, raças, religiões e afins imposições sociais a que vamos sendo sujeitos ao longo da nossa vida. Como diria o Miguel Esteves Cardoso no seu magnífico "Elogio ao Amor", "o amor não é para se perceber".

Contudo, muitos de nós vamo-nos esquecendo disto. Impera o "ai filha é demasiado velho para ti", o "mas ela é preta, tencionas ter filhos café com leite?" ou ainda o eterno "não te metas nisso que só quer ficar como teu dinheiro!". Imbuídos por todas estas sentenças predefinidas, a real importância do mais genuíno que o amor tem vai sendo posto de lado.

Amor à primeira vista?

Há quem tenha a sorte de ter crianças por perto e consiga relembrar o lado inocente do coração. Lembro-me da há uns tempos ter promovido um encontro entre o meu sobrinho e a sobrinha de uma amiga minha. A empatia (que nós adultos teríamos chamado de amor à primeira vista) foi imediata. Quando ela foi embora, só me lembro de ele suspirar e dizer: "Quando é que a posso ver outra vez? Pode ser já amanhã?". Quantos de nós já sentimos esta urgência no peito e tivemos medo de a verbalizar?

Sei que no que toca aos meus posts, este é um raro exemplo de lamechice aqui pela Vida de Saltos Altos. Mas depois de ver o vídeo abaixo sobre um chinezinho apaixonado, foi assim que fiquei. Derretida. Será que foi só o meu coração que amoleceu depois de ver isto?