Vencedor ilustre, mas secreto
A regata espanhola de veleiros clássicos realizada em Menorca e promovida pela marca italiana de relógios Panerai - a Classic Yachts Challenge, que antes foi conhecida como Copa del Rey - acabou por ser divulgada em Portugal com projeção mediática. Não faltaram alusões ao CEO da Panerai, Angelo Bonati, e ao grande investimento que fez nesta regata, bem como ao cuidadoso trabalho de recuperação do iate que levou a esta prova, o "Eilean", desenhado em 1936 pelo génio naval William Fife III. Tudo foi contado com aparato, exceto a informação que porventura mais interessaria a Portugal e que acabou por ser relegada para um plano secundário. Trata-se do vencedor do grupo Espírito da Tradição, o veleiro "Sea Lion", registado em Londres. Nada menos que o veleiro que pertenceu a Maria Cristina de Mello, neta de Alfredo da Silva, casada com António Champalimaud e mãe de Manuel Champalimaud, atual proprietário do "Sea Lion" e vencedor do dito grupo da regata Panerai.
Cartões confundem portugueses
A julgar pela elevada percentagem de sobre-endividados que há em Portugal, não é difícil perceber que a literacia financeira dos portugueses é fraca e que muitos acabaram por contratar operações de crédito excessivamente arriscadas para o seu orçamento familiar. Mas o que não se imaginaria é que há muitos portugueses que nem sequer sabem o que é um cartão de crédito. Isso ficou provado por José Alves, aluno do mestrado de Contabilidade e Finanças do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Num estudo que realizou no vale do Sousa, para a sua tese de mestrado, questionou 115 pessoas sobre vários conceitos, desde o cartão de crédito ao spread ou à inflação, e concluiu que 95% dos inquiridos não têm conhecimento correto destes conceitos. Pior: 50% não distinguem um cartão de débito de um cartão de crédito e 66% não sabem o que é uma taxa Euribor.
Deputados low cost
Em terras de Sua Majestade também é notório o esforço de contenção de despesas. A agência de viagens das Houses of Parliament (a Hillgate Travel) assinou um acordo com a Easyjet com o objetivo de os deputados britânicos passarem a voar nesta companhia aérea de baixo custo, o que é extensível ao restante staff do Palácio de Westminster. Como frisa o CEO da Easyjet, Carolyn McCall, uma das prioridades é "salvaguardar os contribuintes ingleses".