€1000 milhões para a "IDIPI"
O inglês é uma língua franca, mas está longe de ser fácil. Isso mesmo ficou comprovado na segunda-feira, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. Após o presidente da administração da EDP, Eduardo Catroga, ter discursado em inglês, com notório sotaque português, perante uma plateia com altos quadros chineses - nomeadamente do banco de desenvolvimento chinês e da China Three Gorges, ou CTG -, foi a vez de o responsável do China Development Bank (CDB), Fan Haibin, tomar a palavra, também em inglês. Quem seguiu o discurso terá entendido claramente o valor do financiamento (€1000 milhões) e também as suas palavras reconfortantes para a economia portuguesa. A única parte do discurso que foi menos nítida relacionou-se com a designação das instituições, a EDP, a CTG e o CDB (a IDIPI, a CITIGI e a CIDIBI...).
O Jumbo já não tem multibanco
Reina a comoção nacional pela a decisão tomada pelo Pingo Doce de não aceitar pagamentos com cartões em compras abaixo dos €20. Outros lhe deverão seguir os passos - os hipermercados Jumbo já o admitiram, mas multibanco já é coisa que nem sempre existe nesta cadeia do grupo Auchan: num dia desta semana quem quisesse pagar o estacionamento do hipermercado de Cascais via-se impossibilitado de o fazer através de cartões. A máquina de pagamento do estacionamento não aceita cartões e a caixa multibanco que está ao lado não tinha dinheiro. Mas ainda havia uma solução: no piso superior há outra caixa multibanco, só que, como o hipermercado já tinha fechado, os seguranças de plantão impediram a sua utilização. Como resolver, então, tão insólita dificuldade em pagar, apesar de haver um multibanco no piso superior? Resposta: ir à procura de outra caixa multibanco, algures, a pé, o que 'apenas' custou 10 minutos e mais 50 cêntimos de estacionamento... É claro que, com atendimentos destes, damos graças por haver outros hipermercados onde não só não se paga estacionamento como não se criam restrições ao pagamento com cartões.
Já foi do BPN, agora é nosso?
Monte da Quinta, hotel de cinco estrelas, na Quinta do Lago, tem feito as delícias de empresários e gestores de topo este verão no Algarve. É vê-los entrar e sair com um ar satisfeito, ora não fossem também os preços este ano mais convidativos... A razão pode ser eventualmente o facto de a unidade hoteleira Monte da Quinta, outrora um empreendimento do BPN, ser um dos ativos do banco fundado por Oliveira Costa estacionado nas sociedades-veículos detidas pelo Estado. Curioso é que a gestão do empreendimento mantém-se a cargo da ex-dona do BPN, a SLN, agora denominada Galilei. Como o Estado, através da CGD injetou no BPN quase €5 mil milhões, é natural que os empresários e gestores se pavoneiem na praia dizendo: "Estamos hospedados no nosso hotel."