Em Off

BIC ainda apela aos depósitos BPN...

www.expresso.pt

BIC ainda apela aos depósitos BPN...

Trata-se certamente de problemas de identidade. O banco angolano BIC Portugal que já absorveu o BPN no seu universo ainda não conseguiu livrar-se da marca do banco criado por José Oliveira Costa. Num jornal diário, esta semana, eram referidas taxas de juros praticadas nos depósitos por vários bancos, a ideia era revelar as melhores, e não é que no BIC o produto mais apetecível é o depósito BPN promocional?!... As agências já estão de cara lavada e com o logo BIC. A pressa em descolar da marca BPN era muita, mas parece que a coexistência vai durar... Porque será? Foi engano ou ainda há vantagens associadas ao BPN por desvendar?

Cábulas no julgamento do BCP

A juíza-presidente que começou esta semana a julgar os crimes de manipulação de mercado e falsificação de contas que alegadamente os ex-BCP Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, António Rodrigues e Christopher de Beck cometerem entre 2002 e 2007, tem uma cábula para perceber os termos da gíria do sector que constam do processo de acusação. E explica porquê: para quem "não percebe nada de banca", como assumiu, há verdadeiros quebra-cabeças. Siglas em inglês como CFO (administrador para a área financeira), CEO (presidente da comissão executiva) e UBO identificação do beneficiário da offshore) são alguns dos termos que deixam em água a cabeça da juíza Anabela Morais. É que o coletivo de juízes tem mesmo de perceber para poder julgar e fazê-lo com rapidez e muito empenho para não haver prescrições... Vê-se que não quer ser apanhada desprevenida. Mais difícil foi perceber a articulação das funções e hierarquias no BCP àquela data... E ainda a procissão vai no adro.

Fábulas e trapalhadas

Miguel Macedo iniciou a moda ao citar a fábula da Cigarra e da Formiga. A partir daí, Esopo, La Fontaine e a sabedoria popular irromperam no léxico do debate político. Esta semana, na audição parlamentar ao ex-presidente da RTP, o debate sobre o futuro do serviço público e sobre a demissão de Guilherme Costa teve argumentário como "a fábula da rã e do escorpião", a "história do burro e do inglês", a dúvida sobre "o ovo e a galinha" ou o ditado "nem o pai morre nem a gente almoça". Talvez influenciado pelo guião da conversa, Guilherme Costa aproveitou o final da sessão para, sem fábulas, invocar a máxima dos manuais de gestão que o levou a pedir a demissão a Miguel Relvas. "Um gestor não tem de aceitar todas as trapalhadas em que é metido", desabafou.