As viagens que mais fantasio fazer depois da pandemia são todas em países onde já estive.” O escritor José Luís Peixoto já esteve em vários mas nunca quis colecionar bandeiras, nem sequer sabe quantos solos estrangeiros já pisou. “Sei que ir pela segunda, terceira ou quarta vez a um lugar pode revelar muito. Ao mesmo tempo, sei que todos os países são diversos. Pisar uma parte do seu território, não significa conhecê-lo todo, muito longe disso”, aponta. Por isso, o autor de “Nenhum Olhar” e “Cemitério de Pianos” espera que a pandemia o deixe voltar a (re)descobrir Portugal já este ano — a começar pelo Minho. “É uma das regiões onde me sinto muito bem. Das cidades às aldeias, até ao lindíssimo Alto Minho, há muitas razões para visitar esse canto do nosso país: as paisagens extraordinárias, a história, todos os restaurantes são incríveis e, claro, as pessoas, a sua maneira de estar”, enumera.
A seguir ao Minho, a cidade do Porto. “Há muitos anos que não passava tantos meses sem ir ao Porto. Não vale a pena descrever todos os seus encantos, seria ridículo e insuficiente. Tenho a sensação de que, às vezes, damos o Porto por adquirido”, confessa. E se há coisa que esta crise sanitária ensinou, é “que não devemos dar nada por adquirido”, acrescenta.