Luís Marques Mendes voltou hoje a garantir que não esteve envolvido no negócio de venda de ações, em 2010 e 2011, de duas empresas de renováveis que estão a ser investigadas por poderem ter lesado o Estado em 773 mil euros.
"Não sou sócio, nem nunca foi sócio da empresa que compra, nem da que vende. Eu limitei-me como admistrador a formalizar aquilo que os anteriores tinham celebrado", afirmou o comentador à SIC.
O Expresso adianta, contudo, nesta edição que apesar de Luís Marques Mendes já ter dito, em comunicado, que não era sócio das empresas investigadas, era acionista das duas sociedades vendidas à Fomentinvest e a NRW Energias.
Carmen Xavier, sócia-gerente da Isohidra, classificou o negócio de venda de ações como "ilegal", por Luís Marques Mendes, sublinhando que foi feito com um preço abaixo do mercado.
Mas segundo o conselheiro de Estado, o preço foi combinado entre as partes em 2008, pelo que não estranhou o valor.
"Se os sócios [Carmen Xavier e Joaquim Coimbra] estão desavindos é normal que um diga que era ilegal e o outro não. Há aqui uma divergência entre o Fisco e as empresas. O Fisco diz uma coisa, a empresa diz outra, quem vai decidir é o tribunal", acrescentou o social-democrata, sublinhando que qualquer que seja a decisão não vai "beneficiar pessoalmente em nada"
Luís Marques Mendes garantiu ainda que nunca teve problemas com o Fisco, mostrando uma certidão das Finanças que disse comprovar isso.
"Em toda a minha vida nunca tive uma dívida com o Fisco. Nunca tive litígio com o Fisco. Contra factos não há argumentos. Dizem que são todos iguais, mas há pessoas como eu que prezam a ética e a seriedade, no discurso e na prática", concluiu.