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Justiça

Operação Influencer: presidente da Câmara de Montalegre quer ser assistente no processo do lítio para “defender interesses do município”

Fátima Fernandes diz que quer acompanhar investigação de um processo que lesa a região. Autarca de Montalegre avançou ainda com providência cautelar para travar luz verde da avaliação de impacto ambiental para a exploração de lítio

PEDRO SARMENTO COSTA

A socialista Fátima Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, pediu para se constituir como assistente nas investigações dos negócios do lítio, onde o Ministério Público suspeita que membros do Governo interferiram indevidamente nas decisões que levaram à aprovação da exploração do minério na Mina do Romano. A autarca diz ao Expresso que o faz “para defender os interesses do município”, recusando que a sua decisão crie qualquer constrangimento no PS.

A autarquia avançou ainda com uma providência cautelar para contestar a declaração de impacto ambiental favorável que a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) emitiu em setembro, argumentando que a exploração mineira da Lusorecursos poderá transformar Trás-os-Montes num novo Algarve, onde já são equacionadas limitações ao consumo de água.