Justiça

Buscas em Lisboa: “Desminto as afirmações veiculadas quanto ao teor das declarações que prestei à Polícia Judiciária”, diz Joaquim Morão

Em causa está uma notícia da TVI que garantia que Fernando Medina iria ser constituído arguido após um interrogatório feito pela PJ a Joaquim Morão que teria denunciado o agora ministro das Finanças num processo de contratação pública

joão carlos santos

O ‘histórico’ socialista de Castelo Branco Joaquim Morão confirmou hoje que a empresa da qual é sócio celebrou um ajuste direto com a Câmara de Lisboa, mas desmentiu o teor das declarações que prestou à PJ tornadas públicas.

“Confirmo as declarações públicas do Dr. Fernando Medina, de que entre a Câmara Municipal de Lisboa e a empresa de que sou sócio foi celebrado um ajuste direto, porque é a verdade”, referiu Joaquim Morão, numa nota enviada à agência Lusa.

A TVI/CNN Portugal noticiou na segunda-feira que o atual ministro das Finanças e ex-autarca de Lisboa Fernando Medina “deverá ser constituído arguido por crimes de participação económica em negócio e abuso de poder, como consequência de ter sido denunciado por envolvimento no caso de viciação das regras da contratação pública do histórico do PS Joaquim Morão para gerir obras públicas na Câmara de Lisboa.

Segundo a TVI, Fernando Medina foi denunciado, nomeadamente por Joaquim Morão, “por ter solicitado a este último que procedesse da forma como procedeu, no apoio à fraude que conferiu ao processo de contratação pública uma aparência fictícia de legalidade”.

“Desminto totalmente as afirmações veiculadas pela TVI/CNN, quanto ao teor das declarações que prestei à Polícia Judiciária”, afirmou.

O comendador negou que tenha indicado a Fernando Medina “qualquer pessoa ou empresa para prestar serviços à Câmara Municipal de Lisboa”.

“No processo continuarei a esclarecer todas os factos, estando absolutamente ciente que nenhum facto ilícito pratiquei”, concluiu.