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Risco de morrer aumentou em Portugal e o envelhecimento não será a explicação: houve 6135 óbitos em excesso em 2022

Os epidemiologistas do Instituto Dr. Ricardo Jorge admitem que ainda não é certo que a covid, a gripe, o frio e o calor sejam as únicas explicações para o aumento da mortalidade em vários grupos etários. Estudo aponta para quatro momentos com óbitos em excesso. Região Norte foi a mais afetada. E também se verificou um pico entre os mais jovens, mas que se justificará por “causas acidentais”

paula sierra/Getty Images

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) contabilizou 6135 óbitos além do esperado em 2022, em quatro períodos com excesso de mortalidade, coincidentes com a covid-19, gripe, calor e frio. Mas o INSA admite que ainda não é possível dizer se o aumento da mortalidade é “totalmente explicado” por esses eventos ou se há “outros fatores associados à pandemia” que tenham contribuído, uma vez que o envelhecimento da população não chega para justificar o fenómeno.