Cerca de um terço dos mais de 11 milhões de prédios rústicos existentes em Portugal faz parte de “heranças indivisas”, ou seja, são propriedades que podem ter meio hectare e pertencer a cinco herdeiros sem que nenhum se responsabilize pela floresta que aí existe. E isto é “um obstáculo à promoção da gestão ativa da floresta”, aponta ao Expresso Tiago Oliveira, presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
Segundo esta entidade, que tem a missão de fazer o planeamento, a coordenação estratégica e a avaliação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), isto é um problema, pois 98% da propriedade pertencem a privados e só se conhecem os donos de 44% das terras rústicas (ver caixa), apesar do “impulso” dado ao projeto de cadastro simplificado.