Está "a ficar insuportável" a situação dos donos de discotecas e bares - que permanecem encerrados por decreto desde março do ano passado devido à pandemia de covid-19 -, segundo advertem vários empresários ligados à indústria da noite.
Com o arrastar do tempo de encerramento, muitos proprietários chegaram a uma situação aflitiva, ao ponto de haver casos de "pessoas que tiveram de vender a casa e o carro". Muitos outros tiveram de se virar "para outras atividades, como a venda de seguros, para ganhar a vida e pagar as contas", conforme adianta António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto.
Segundo o presidente da Associação de Discotecas Nacional (ADN) é difícil quantificar as falências de empresas no sector devido à diversidade de situações que de momento existem, com a situação sanitária a permanecer incerta.
"Há empresas que já fecharam, outras que também deitaram a toalha ao chão e tomaram a decisão de encerrar, mas estão na perspetiva de conseguir apoios para reduzir o seu passivo, outras ainda que se mantêm na esperança de um dia poderem reabrir", adianta José Gouveia, presidente da ADN, frisando que, sem apoios adequados, "muitas discotecas que não fecharam até agora irão inevitavelmente fechar mais tarde".