Sociedade

Ministro da Ciência lamenta morte de Bruno Navarro: "deixa vazio imenso"

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamentou a morte do presidente da Fundação Côa Parque

Manuel Heitor lamentou este domingo a morte do presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Bruno Navarro, sublinhando o "vazio imenso a nível pessoal e emocional para todos os que o conheciam".

"O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamenta profundamente a sua morte e transmite aos seus filhos, família e amigos o maior pesar. O desaparecimento precoce de Bruno Navarro deixa um vazio imenso a nível pessoal e emocional para todos os que o conheciam e tiveram a oportunidade de partilhar a sua alegria e amizade, mas também na Ciência e na Cultura portuguesas", refere uma nota enviada pelo gabinete do ministro português.

A nota enaltece que enquanto presidente do conselho diretivo da FCP, a ação de Bruno Navarro foi "particularmente relevante na intensa valorização da região do Vale do Côa", destacando o reforço do conhecimento científico e a divulgação científica do potencial de conhecimento gerado por esta região, no distrito da Guarda.

O comunicado do gabinete de Manuel Heitor recorda que Navarro foi também "um dos impulsionadores pela integração do Museu do Côa na Rede Nacional de Centros de Ciência Viva".

Também este domingo, o município de Foz Côa, no distrito de Guarda, expressou profunda consternação pela morte de Bruno Navarro, considerando que o concelho ficou empobrecido com a partida de um "jovem dinâmico".

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou "a morte precoce" de Bruno Navarro, presidente do conselho diretivo da Fundação Côa, destacando "a sua paixão pelo que fazia, como o património cultural que tão bem guardou".

"A sua morte precoce choca-nos, mas o seu trabalho e a sua paixão pelo que fazia, como o património cultural que tão bem guardou e deu a conhecer com novos rumos, lança uma forte luz sobre os caminhos a seguir. É este o profundo reconhecimento que a Cultura portuguesa lhe deve", disse Graça Fonseca, numa nota de pesar enviada hoje.

A governante frisa que mandato de Bruno Navarro à frente da Fundação Côa Parque constituirá sempre um marco na história da instituição, seja pela extrema competência e dedicação com que exerceu o cargo, seja pelo legado que deixa.

Na noite de sábado, a Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) associou-se ao momento de pesar pela morte, nesse dia, de Bruno Navarro, reconhecendo o seu legado deixado ao longo de mais de três anos, indicou aquele organismo.

"É com a maior consternação que acabámos de tomar conhecimento do súbito falecimento do Prof. Doutor Bruno Navarro, presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque. Com efeito, nada faria prever tão dramático acontecimento, que constitui uma enorme perda para o país e para a instituição [FCP] a cujos destinos presidia desde 2017", indicou uma nota da AAP, a que a Lusa teve acesso.

O presidente da AAP, José Morais Arnaut, lembrou que a nomeação de Bruno Navarro foi inicialmente contestada por muitos arqueólogos, que teriam preferido ver na direção do Parque Arqueológico do Côa um outro arqueólogo, especialista em Arte Rupestre.

Bruno Navarro era presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, a entidade que gere o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, desde 26 de junho de 2017, após nomeação do Ministério da Cultura.

Nascido em Coimbra em 1977, Bruno José Navarro Marçal fez os estudos secundários em Vila Nova de Foz Côa e licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, onde fez também um mestrado em História Contemporânea.