O Ministério da Saúde abriu 435 vagas para a contratação de médicos especialistas em medicina geral e familiar, avançou esta quarta-feira o jornal Público e confirmou depois o Governo em comunicado. Das 435 vagas, 185 preveem incentivos que atraiam estes profissionais para zonas carenciadas do país, identificadas com base no número de médicos face à densidade populacional da área, níveis de desempenho assistencial, e capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde. Estas vagas são mais 18 do que em 2018.
Entre os incentivos para estes médicos irem exercer para zonas carenciadas do país estão o "acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica, e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges", explica o comunicado do Ministério.
“Nunca como hoje, foi tão necessário que o SNS estivesse à altura dos desafios assistenciais como nesta época em que vivemos sob a ameaça da covid-19”, lê-se no despacho conjunto dos ministérios da Saúde, Finanças e Modernização do Estado e da Administração Pública, publicado esta quarta-feira em Diário da República. O documento lembra ainda a importância dos cuidados de saúde primários (centros de saúde).
Há mais vagas no concurso do que médicos formados este ano em medicina geral e familiar (394), uma tendência que vem de anos anteriores. O concurso do ano passado colocou 305 médicos.
Os sindicatos criticaram a demora na abertura do concurso, que se atrasou devido à pandemia de covid-19. A Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos lembram que as notas dos internatos médicos foram homologadas a 16 de junho, e que a lei diz que o concurso subsequente deve ser aberto no prazo de 30 dias depois disso.
Notícia atualizada às 10h15 com informações do comunicado do Ministério da Saúde