Fiquem em casa, pedem-lhes.
Mas eles não têm casa onde ficar.
Lavem as mãos com frequência, pedem-lhes também.
Mas eles não têm água para as lavar.
Vão ao médico se for preciso, pedem-lhes ainda.
Mas não há médicos onde eles estão.
O Expresso tem publicado ao longo dos últimos dias um conjunto de artigos sobre aquilo a que os Médicos Sem Fronteiras chamaram “um novo desastre humanitário”: a Turquia, país com quase quatro milhões de refugiados, abriu as suas fronteiras e muitos desses refugiados começaram a passar - sobretudo rumo à Grécia, onde o Governo local chamou “invasão” ao que está a acontecer. Este é o capítulo IX e é sobre o que vai acontecer se o Covid-19 chegar a um campo de refugiados, onde por vezes uma casa de banho serve para mais de mil pessoas - e já há uma suspeita de infeção
Fiquem em casa, pedem-lhes.
Mas eles não têm casa onde ficar.
Lavem as mãos com frequência, pedem-lhes também.
Mas eles não têm água para as lavar.
Vão ao médico se for preciso, pedem-lhes ainda.
Mas não há médicos onde eles estão.