O Expresso tem publicado desde segunda-feira um conjunto de artigos sobre aquilo a que os Médicos Sem Fronteiros chamaram “um novo desastre humanitário”: a Turquia, país com quase quatro milhões de refugiados, abriu as suas fronteiras e muitos desses refugiados começaram a passar. Sobretudo rumo à Grécia, onde o Governo local chamou “invasão” ao que se está a acontecer. A situação no terreno descontrolou-se e é tão grave (e agora violenta) que as ONG estão a aconselhar os seus voluntários a regressarem mais cedo aos seus países de origem
- Como estão as coisas, Sayed? Estás seguro?
Conhecemos Sayed Ebrahimi em Moria, na Grécia, quando o Expresso visitou o maior campo de refugiados da Europa no final de 2018.
- Agora estou em segurança. Transferiram-me para Atenas.
São boas notícias, dizemos-lhe. E ele, que é afegão e que esteve demasiado tempo a viver na ilha grega de Lesbos, interrompe-nos:
- A situação na ilha está mesmo muito má.