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Dos óculos de Saramago à balança de Marie Curie: viagem ao Museu do Prémio Nobel, onde se conta a história do último século

Ao longo de décadas, a Academia das Ciências que atribui o Prémio Nobel tem juntado objetos que pertenceram aos vencedores. São peças raras, instrumentos de trabalho ou vislumbres na intimidade de algumas das mentes mais brilhantes do mundo, que contam uma história com mais de um século. Em fevereiro de 2024, chegaram os últimos óculos de Saramago. Juntaram-se a uma t-shirt com uma inesperada inscrição em português

Correntes Símbolo das prisões políticas na Rússia, doadas pelo Center for Civil Liberties, organização ucraniana
Clément Morin

A julgar pela quantidade de instrumentos musicais, discos e referências a músicos e canções que se encontram no Museu do Prémio Nobel, em Estocolmo, dir-se-ia que a Academia das Ciências Sueca estaria prestes a lançar o Nobel da música. Não está, embora tenha um catálogo de doações que prova como a música, sobretudo a clássica e erudita, é uma das artes que melhor serve de inspiração para tantos dos que recebem o prémio criado há um século, por desejo de Alfred Nobel, para distinguir as mentes mais brilhantes do mundo. Entre elas, há as que escolhem canções como companhia para a rotina de trabalho, as que são capazes de encontrar conexões entre uma investigação e um instrumento musical, e as que, quando são premiadas, recuam aos anos livres da infância.