Ia já bem dentro a primavera de 1973, quando Steven Spielberg apanhou na secretária do produtor Richard D. Zanuck uma cópia de um livro de Peter Benchley, ainda não publicado. Não era incomum, bem pelo contrário, que produtores de Hollywood tivessem acesso a livros inéditos, muito antes de eles chegarem ao público. Todos os grandes estúdios tinham olheiros nas editoras e elas gostavam muito de ver os seus livros olhados: um contrato para uma adaptação cinematográfica fora sempre um negócio apetecível. O livro a que Spielberg deu uma olhada era a história de um enorme tubarão-branco a atacar banhistas numa zona de turismo balnear — e ele mostrou interesse em fazer o filme.
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50 anos de “Tubarão”: mais do que um filme, o retrato dos terrores da América e um dos mais espantosos sucessos de sempre
No cinquentenário de “Tubarão”, clássico de Steven Spielberg, vale a pena lembrar um filme extraordinário na forma como refletiu o seu tempo e mudou a face do cinema. No início, o que reinava era o medo - de que os espectadores percebessem que o tubarão era apenas um boneco e que o filme se afundasse nas bilheteiras