A Europa já não é o que era: para onde vai o Velho Continente e qual o lugar de Portugal na UE
Ameaça russa, pressão chinesa, afastamento americano, necessidade de gastar mais em segurança e defesa, protecionismo, financiamento público da economia, contestação social e incerteza. Num continente em transformação acelerada, Portugal precisa de saber o que quer da União Europeia
Mickey e Minnie, símbolos universais da América, contemplam os terrenos, nos arredores de Paris onde nasceria a Euro Disney. Em 1985, quando a imagem foi feita, faltavam sete anos para a inauguração do grande parque, Portugal ainda não entrara na CEE e o Muro de Berlim, que caiu em 1989, parecia de uma solidez eterna
O mundo que existia quando Portugal aderiu à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, acabou quando a Guerra Fria acabou, em 1989. E esse novo mundo da globalização, da ausência de conflito entre potências, de confiança na paz, prosperidade e democratização pelo comércio e pela maior interdependência económica também acabou, entretanto. A Europa está a transformar-se. Portugal terá de o fazer também. Uma vez mais.