Tornou-se habitual ver garrafas de grandes formatos nas lojas de vinhos e também, sobretudo no Natal, nas grandes superfícies. O que mais se encontra é o formato magnum, que corresponde a 1,5 litros, ou seja, duas garrafas. Depois surgem as double magnum (3 litros) e por aí fora até aos 18 litros, estas últimas muito raras, mas que existem, existem. Se em tempos idos o engarrafamento em magnum estava destinado aos vinhos de topo, atualmente todas as gamas são também engarrafadas neste formato, até mesmo vinhos que em garrafa normal custam 4 ou 5 euros. Infelizmente, na restauração é muito raro encontrar um serviço de vinho a copo feito a partir de garrafas magnum ou, ainda melhor, double magnum. A verdade é que faria todo o sentido, sobretudo nos vinhos muito, muito caros ou raros, que não estão acessíveis ao comum dos mortais. E digo infelizmente porque para o consumidor são várias as vantagens neste tipo de serviço: pode provar um vinho raro ou muito caro e satisfazer assim a curiosidade sem ter de desembolsar muito dinheiro, e ainda, o que não é despiciendo, ter a certeza que vai beber um vinho cheio de saúde, o que não é 100% seguro se comprar uma garrafa e levar para casa (problemas podem ser vários, da rolha até mau acondicionamento, por exemplo); no restaurante o ónus da perfeição do vinho servido está do lado do restaurador. E pode custar €80 ou €100 um copo? Pode, mas é bem diferente de pagar €800 por uma garrafa.
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Ousar servir e ousar beber: quando o formato interessa
No restaurante JNcQUOI Avenida, em Lisboa, há cinco anos que se promove Big Bottle Day, sempre a uma sexta-feira. Servidas foram já 300 garrafas, dos 6 aos 18 litros