Um dos protagonistas não fazia a mínima. Miles Caton, o miúdo de voz grossa, músico e cantor, que aqui se estreia na representação, desconhecia por completo que “Pecadores”, passado no Mississípi segregado dos anos 30, durante a Lei Seca, envolvesse mordidelas em pescoços, água benta, alho e estacas no coração. Muito menos que Ryan Coogler se lembrasse de interligar tudo com o passado, presente e futuro da música negra — e de, por sua vez, a articular enquanto dispositivo narrativo no próprio filme. Miles só percebeu no que se estava a meter depois de passar nas audições e receber o guião completo.
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Daqui a poucos meses, vamos encontrar “Pecadores” em todas as listas dos melhores filmes do ano: boas notícias, já pode vê-lo no ‘streaming’
Uma história de gangsters num filme de época que desemboca num festival de terror sobrenatural — há vampiros brancos no Mississípi segregado de 1930 que querem aprender os blues. “Pecadores” chega ao streaming para colher os louros que merece