Não é muito justo comparar um filme a uma série. Os timings, os décors, o guião, tudo é diferente. Em 2005, Brad Pitt e Angelina Jolie estavam no pico da sua performance. Ele tinha sido o menino-bonito de “Troia” no ano anterior e ela tornava-se uma incontestável Lara Croft em “Tomb Raider”. Nesse mesmo ano em que se juntaram para fazer “Mr. & Mrs. Smith”, representando o casal de assassinos mais sexy de Hollywood, dos Estados Unidos da América e do resto do planeta, estavam juntos na vida real, tornando-se num supercasal que, numa época anterior ao tsunami das redes sociais, fazia vender muitas capas de revista. “Brangelina” tornou-se num fenómeno de media difícil de derrotar até ao dia em que tudo começou a piorar: Brad Pitt e Angelina Jolie separaram-se, entraram em disputas judiciais, com acusações de agressões e abusos à mistura. Mais de uma década depois noticiou-se que outros dois dos grandes atores e criadores da atualidade, Daniel Glover (“Atlanta”) e Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”) estavam dispostos a fazer regressar “Mr. and Mrs. Smith”, mas em formato de série. O trabalho em equipa ficou pelo caminho, mas a ideia não. E ainda bem.