Augie March confessa-se um Colombo “à mão de semear”. Não descobriu nada, nada que não existisse já, mas entregou-se ao mundo, à “roda-viva do mundo”, ele que acabará por preferir, em vão, a estabilidade e a tranquilidade. Os motivos dessa sua vocação têm alguma coisa a ver com o gosto pela experiência, a voracidade da experiência, mas também com a necessidade financeira. Nascido na “sombria” e “truculenta” Chicago, Augie sofreu em miúdo as privações da Grande Depressão, numa família já se si desconjuntada, e tentará durante todo o livro (que se apresenta como as suas memórias) fazer o possível para ganhar a vida ou para lhe dar um sentido.
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Livros: “As Aventuras de Augie March”, Saul Bellow em Chicago
Terceiro romance de Saul Bellow, publicado em 1953, “As Aventuras de Augie March” são as memórias de um homem do seu tempo na Chicago pós-Grande Depressão