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A fotografia de Jeff Wall e a ilusão de vida real: “Eu não caço, eu espero”

As fotografias de Jeff Wall revelam um percurso de quatro décadas a recriar um mundo em tudo semelhante e em tudo distinto da realidade. Um jogo de “encontre as diferenças” que, no espaço do MAAT, em Lisboa, abre espaço à participação do observador

Jeff Wall entre os seus trabalhos, expostos no MAAT, espaço que potencia a dimensão das imagens, essencial à obra do artista

Trabalho de síntese entre a fotografia e a pintura, o cinema e a literatura, as imagens retratadas pelo canadiano Jeff Wall encontraram no MAAT um espaço de eleição. Na imensidão branca e à dimensão das altas paredes do museu à beira-rio, as cenas reveladas em grande formato provocam o observador, conseguindo, como pretende o artista, estabelecer uma relação que não passa pela indiferença. Em conversa com o Expresso, ainda durante a montagem da mostra, Jeff Wall tentou explicar o que à partida parece contrariar o próprio título da exposição: “Time Stands Still”, numa tradução livre algo como “o tempo não para”. Mas ali parou.