Exclusivo

Culturas

300 milhões de discos vendidos, 3 mil amantes: Julio Iglesias, a biografia de um eterno sedutor

Como um cantor romântico se tornou irresistível para o franquismo, a ETA, a democracia espanhola, os hispano-americanos, Ronald Reagan e a Coca-Cola. Julio Iglesias é “O Espanhol Que Encantou o Mundo” na biografia de uma vida incrível assinada por Igacio Peyró, com quem o Expresso falou

Posando em Los Angeles em 1983, ano em que lança “Julio”, o primeiro álbum em língua não inglesa a vender mais de 2 milhões de cópias nos EUA
Harry Langdon/Getty Images

“Eu não canto, encanto”: a frase de Julio Iglesias está longe de ser apenas uma rima fácil dos êxitos que, nos anos 1980, chegavam a soar a cada 30 segundos em algum lugar do planeta e sobre os quais ele admitia, com uma vaidade disfarçada de modéstia: “Podem ser músicas fáceis, mas são também universais.” De “Elvis espanhol” a “Sinatra latino”, foram inúmeros os piropos que coroaram o cantor romântico ao longo de mais de meio século de uma carreira considerada lendária, tanto pelos mais de 300 milhões de discos vendidos como pelas mais de 3 mil amantes supostamente geográfica e temporalmente repartidas pelo mesmo número de atuações ao longo do planeta.