Há quase duas décadas, o historiador Joseph Horowitz lançou um livro intitulado “Artists in Exile”, em que, através de exemplos, tenta perceber como os artistas refugiados de guerras e revoluções ocorridas no século XX influenciaram e transformaram as artes performativas nos Estados Unidos. Como epígrafe escolheu uma citação proferida em 1941 pelo escritor alemão Thomas Mann: “What today is the meaning of foreign, the meaning of homeland? When the homeland becomes foreign, the foreign becomes homeland” (Qual é hoje o significado de estrangeiro, o significado de terra natal? Quando a pátria se torna estrangeira e o estrangeiro se torna pátria.) Na altura em que colocou esta questão existencial, o Prémio Nobel, autor do clássico “A Montanha Mágica”, estava em Santa Monica, na costa oeste norte-americana. Há três anos que vivia em solo norte-americano porque, desde 1936, o regime nazi havia-lhe retirado a cidadania alemã. Era um expatriado.
Exclusivo
Superestrelas da arte britânica do século XX na Gulbenkian: são mais de 100 obras, de 74 artistas, para ver em Lisboa
“Arte Britânica — Ponto de Fuga” reúne acervo da Fundação Calouste Gulbenkian e da Coleção Berardo sob o largo chapéu da cultura britânica. Bridget Riley, David Hockney, Anthony Gormley, Francis Bacon, Rachel Whiteread, Frank Auerbach ou David Bomberg, são alguns dos artistas internacionais em destaque, aos quais se juntam portugueses como Paula Rego, Menez, Eduardo Batarda, Fernando Calhau, Graça Pereira Coutinho ou Rui Sanches, todos com ligações ao Reino Unido