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Culturas

O reencontro de duas obras-primas de Piero della Francesca no Museu Nacional de Arte Antiga

“Piero della Francesca - o políptico de Santo Agostinho”, exposição inédita no Museu Nacional de Arte Antiga, coloca lado a lado duas obras de Piero della Francesca, mestre do Renascimento. Entre os ‘sobreviventes’ de um mítico retábulo, destaca-se a pintura que pertence a Portugal

O Santo Agostinho terá sido comprado pelo banqueiro Henry Burnay num leilão em Paris. Durante anos esteve na capela do palácio da Junqueira, propriedade do magnata

“Cosa molto lodata” foi com esta expressão, que significa “coisa muito elogiada” em italiano, que Joaquim Caetano, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), começou um texto sobre o Santo Agostinho pintado pelo mestre do Renascimento italiano. Escrito para a exposição “Piero della Francesca”, realizada no Museu Hermitage, em São Petersburgo, entre dezembro de 2018 e março de 2019, o artigo, publicado em russo e em inglês no catálogo da mostra, arrancava com a expressão utilizada por Giorgio Vasari (1511-1574) — pintor e arquiteto italiano que ficou conhecido principalmente pelas biografias de artistas italianos — para referir-se ao retábulo pintado por Della Francesca para a igreja do convento dos frades agostinianos da cidade de Borgo de San Sepolcro.