A o centro, uma casa em madeira, construída a partir de materiais reciclados, demanda o olhar do observador. Um cartaz pintado à mão sobressai numa das fachadas, revelando uma criança de olhos cerrados e a frase “Place Like Home”, que nos remete para uma inscrição que se repete como um mantra ao longo da sua obra: “There’s No Place Like Home” (“Não há lugar como a casa”). No interior, uma secretária, inúmeros desenhos no chão, vários CD, postais antigos, estatuetas, objetos de coleção vintage e outros efémeros. “Esta não é a casa de desenho de Yoshitomo Nara, mas tem todos os elementos que formam parte do seu cérebro quando cria uma obra”, explica Lucía Agirre, curadora da retrospetiva de Yoshitomo Nara no Museu Guggenheim de Bilbau, em Espanha, a primeira exposição individual do artista japonês num museu de alcance internacional, que pode ser visitada até 3 de novembro. Depois da cidade basca, seguir-se-á o Museu Frieder Buda (Baden-Baden) e a Hayward Gallery (Londres), coorganizadores da mostra.