No momento em que uma das personagens diz “quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais” já não há como encarar a frase como um desabafo de circunstância. Não há também como acusar quem o diz de ser alguém desprovido de empatia e solidariedade para com outro ser humano. Porque, quando ouvimos a frase, já sabemos que quem a diz foi testemunha do impossível. Sendo que esse “Impossível”, escrito com letra grande, é aquilo que a maior parte das pessoas que vive num mundo que Tiago Rodrigues designou como “Possível” não terá imaginado nos seus piores momentos. É o lugar da dor, do desespero, da fome, da violência e da crueldade entre semelhantes.
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Sem querer ser jornalista, Tiago Rodrigues conta-nos como vai o mundo: “Na Medida do Impossível”, na Culturgest
“Na Medida do Impossível”, espetáculo inspirado na experiência dos trabalhadores da ajuda humanitária, dá-nos uma visão da colossal dimensão da crueldade humana. “Algumas entrevistas começaram às 10 da manhã e acabaram à hora do jantar”, conta ao Expresso Tiago Rodrigues