Exclusivo

Culturas

A memória e a reinvenção na Bienal de Coimbra: a liberdade tem de passar por aqui

Sob o mote “O Fantasma da Liberdade”, a 5ª edição da mais importante bienal de arte do país oferece revisitações históricas e novas declinações da ideia de liberdade. Teresa Lanceta, Susanne Themlitz, Carla Filipe, Yonamine ou Jeremy Deller são alguns artistas presentes na Anozero, que se estende até 30 de junho

Intervenção de Teresa Lanceta, uma artista que desde os anos 70 usa a tecelagem e aqui apresenta uma instalação de grande envergadura

Se os fantasmas são entidades que simultaneamente desapareceram e estão sempre presentes, então a sua evocação é certeira numa bienal artística em 2024. Na verdade, são vários os que pairam sobre o presente e ensombram a alegria da liberdade, lembrando-nos um passado atávico, intolerante, castrador. Talvez por isso, a dualidade memória/liberdade atravesse de modo tão persistente vários dos oito espaços que em Coimbra recebem “O Fantasma da Liberdade”, na 5ª edição da Anozero — Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, desta vez comissariada pelo galego Ángel Calvo Ulloa e pela portuguesa Marta Mestre.