Na ciência, as teorias constroem-se sobre factos irrefutáveis; nas humanidades, a tendência é para encaixar alguns factos prestáveis em narrativas por demonstrar. Resultado: a proliferação de uma nova tribo de historiadores, curadores, encenadores, etc., mais interessados em conjugar o ‘eu, me, mim, -migo’ do que em contribuir para o avanço e profundidade do conhecimento. A moda começou nos meios académicos dos EUA e alastrou-se à Europa, como uma peste. O erro é avaliar o passado com as regras de presente, denegando o progresso civilizacional. Felizmente ainda há exceções onde o rigor e a qualidade imperam.
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Arte e colonialismo: como recuperar o passado sem atraiçoar o presente
De “Entangled Pasts”, exposição na Royal Academy, em Londres, ao livro sobre fotografia na África colonial portuguesa, de Filipa Lowndes Vicente e Afonso Dias Ramos: duas formas diferentes de recuperar o passado