Para aqueles que só veem os seus defeitos, ela é fria, distante, altiva e calculista; para aqueles que apreciam as suas qualidades, ela é trabalhadora, perfeccionista, de mente aberta e o maior ativo da monarquia espanhola. Em qualquer caso, Letizia, rainha consorte de Espanha, é objeto de constante escrutínio e frequente controvérsia. Letizia Ortiz Rocasolano, esposa do monarca reinante, Felipe VI, acaba de fazer 50 anos, uma ocasião propícia para análises críticas à sua personalidade, ao papel que desempenha como esposa do rei e mãe da princesa herdeira da coroa, e à sua projeção na sociedade que serve a partir da sua posição privilegiada. Dispensando a proteção de uma corte antiquada, desprovida dos elogios e lisonjas de uma aristocracia grata, o balanço hoje concedido à rainha é claramente favorável à sua figura.
Há algumas semanas, o diário conservador “El Mundo” resumia num artigo editorial, publicado por ocasião do seu aniversário, o sentimento geral sobre a rainha Letizia: “Finalmente ela está a receber o reconhecimento que merece pelo seu trabalho consciencioso e longe de ser simples ao serviço da Coroa (...). Nesta tarefa de renovação da monarquia, a rainha desempenhou um papel notável pela sua colaboração decisiva e influência na definição do novo rumo.”