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A Revista do Expresso

As árvores e a cidade: roteiro pelas cores e sombras de Lisboa

Estes são os dias em que todo o arvoredo de Lisboa irá explodir em manchas de cor e sombras, oferecendo aos moradores e aos visitantes uma espantosa visão da natureza. Artigo originalmente publicado a 22 de maio de 2022

style="color:#929b3d">FICUS Figueiras-estranguladoras, ou árvore-da-borracha, no Principe Real

asseando nestes dias por Lisboa, damos conta de que árvores e passarada parecem ter acordado de um sonolento inverno, enchendo subitamente as copas de sons e de mil folhas tenras e cintilantes. Até finais de junho, todo este arvoredo irá explodir em manchas de cor e sombras, oferecendo aos lisboetas e aos visitantes um teto que nos enche de alegria e espanto.

No dia 20 de março, exatamente às 15h33, aconteceu o primeiro equinócio do ano. É um momento fugaz em que nenhum dos polos está inclinado em relação ao Sol, que, ao incidir uniformemente sobre a linha do Equador, permite que os dois hemisférios recebam a mesma quantidade de radiação. Este fenómeno astronómico, cuja etimologia do latim significa “noites iguais”, é o único dia do nosso calendário em que dia e noite têm a mesma duração. Esse é também o instante que marca a chegada do outono ao Hemisfério Sul e o prenúncio da primavera no Hemisfério Norte. Tudo isto vem a propósito das árvores. São elas que nos orientam o ponteiro das estações.