De uma assentada, dois filmes realizados por Kenneth Branagh chegarm às salas com estreias quase coincidentes. Um deles é um disparate a explorar às três pancadas um filão chamado Hercule Poirot, esqueça-se depressa a idiotia de “Morte no Nilo”, que o próprio Branagh interpreta sem conseguir disfarçar o frete. O outro filme inspira-se em memórias de infância do artista e, desde logo a um nível socio-histórico, tem muito maior pertinência — e tanto assim é que, desde a estreia no festival de Telluride, em 2021, tem vindo, pouco a pouco, a somar pontos e a conquistar influência, entrando neste mês de fevereiro, para surpresa de muita gente, com sete nomeações para os Óscares da Academia de Hollywood, incluindo quatro que são do maior relevo: Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Atriz e Ator Secundários. Venceu Melhor Argumento Original este domingo.
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Óscares 2022. “Belfast” conquistou Melhor Argumento Original. Esta é a história de um regresso à infância
“Belfast” estava nomeado para sete Óscares mas acaba por vencer apenas um. A Academia considerou que este olhar inocente de Kenneth Branagh sobre a sua infância valia a estatueta de Melhor Argumento Original, entregue este domingo em Hollywood