Já passava das 23 horas quando António Filipe percebeu que voltaria para casa ainda na pele de presidente da Assembleia da República. À terceira votação, nem José Pedro Aguiar-Branco nem Francisco Assis conseguiam reunir votos suficientes o que fez com que o deputado comunista, a presidir aos trabalhos por ser o parlamentar mais antigo, fosse obrigado a manter o cargo até ao dia seguinte. Apesar de ser deputado há mais de três décadas, foi esta situação inédita, no início da passada legislatura, que lhe deu grande destaque. Do conhecimento do regimento ao “elevado sentido de Estado”, a postura foi elogiada da direita à esquerda – e resultou mesmo numa petição pública para que o comunista ficasse com o lugar (mesmo sabendo que a escolha era do PSD e PS).
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António Filipe, o candidato presidencial em busca de “consensos” e de unir a esquerda
Depois de ter perdido a eleição para a Assembleia da República, o histórico comunista é o candidato a Presidente da República apoiado pelo PCP. O partido acredita que vai conseguir reunir apoios além da esfera comunista. A apresentação é esta segunda-feira na Voz do Operário