Presidenciais 2026

Cotrim recebe apoio da IL convicto de que pode chegar à segunda volta das presidenciais

O ex-presidente dos liberais e atual eurodeputado pediu que se deixasse “essa ideia de que só há três candidaturas capazes de chegar à segunda volta”. “Deixem. Porque eu tenho suficiente confiança não só no que estou a fazer, mas na campanha que saberei fazer, para surpreender muita gente”, vincou

João Cotrim de Figueiredo
ANTONIO PEDRO FERREIRA

O candidato João Cotrim Figueiredo vincou que pode chegar à segunda volta das eleições para a Presidência da República, após ver hoje aprovado, no Porto, o apoio formal da Iniciativa Liberal (IL) à sua candidatura “por larguíssima maioria”.

“Há mais do que três candidaturas presidenciais capazes de chegar a uma segunda volta. A minha será capaz de chegar à segunda volta”, disse hoje João Cotrim Figueiredo aos jornalistas num hotel do Porto, após uma reunião do Conselho Nacional da IL que formalizou o apoio à sua candidatura presidencial.

Não sabendo “se é uma corrida de trás para a frente”, o ex-presidente da IL e atual eurodeputado pediu que se deixasse “essa ideia de que só há três candidaturas capazes de chegar à segunda volta”.

“Deixem. Porque eu tenho suficiente confiança não só no que estou a fazer, mas na campanha que saberei fazer, para surpreender muita gente”, vincou, admitindo que o sucesso da candidatura “dependerá da qualidade” do trabalho.

“Mas está na altura de nos deixarmos de condicionar. Já ouvi propostas absolutamente alucinantes de que talvez fosse boa ideia desistir da candidatura. É não me conhecer pôr sequer em causa que eu vou com esta candidatura até ao fim. Há quatro candidaturas capazes de chegar à segunda volta e eu sou uma delas”, vincou.

O candidato mostrou-se confiante de que a sua candidatura “tem um espaço de crescimento brutal, não só nos jovens” mas também em “todos aqueles que querem preparar Portugal para enfrentar aquilo que não vão ser tempos fáceis”.

“Com as evoluções recentes e com os novos candidatos que entretanto se apresentaram, a meta é chegar à segunda volta. Quanto é que isso representa percentualmente eu não lhe consigo dizer, mas é bastante mais que passar os dois dígitos”, respondeu a uma jornalista.

João Cotrim Figueiredo falou após a presidente da IL, Mariana Leitão, ter dito que o apoio formal à candidatura do ex-líder do partido foi aprovado “por larguíssima maioria”, numa decisão “praticamente unânime”.

Para Mariana Leitão, esta é “a única candidatura que poderá devolver a esperança aos portugueses”, sendo “de todos os portugueses e que imagina um Portugal diferente, um Portugal melhor, em que todos os portugueses possam ter esperança, possam sonhar, e que acreditem que vão concretizar esses sonhos”.

“Uma visão de um país moderno, desenvolvido, que traga prosperidade a todas as pessoas e, por isso, o nosso enorme orgulho e enorme satisfação”, vincou a líder liberal.

Já o candidato considerou “irresponsável não discutir o futuro de Portugal e a inserção de Portugal nas várias instâncias de que faz parte nesta campanha presidencial”.

“Eu desafio os meus concorrentes a fazerem o mesmo. Saiam da espuma dos dias – comentem a agenda se tiver de ser, mas depois saiam da espuma dos dias – e discutam o futuro de Portugal”, disse hoje aos jornalistas.

Para João Cotrim Figueiredo, “as alterações que aí vêm são de tal forma importantes que representam, algumas delas, riscos, mas muitas delas oportunidades também”.

“Quais são as oportunidades que se abrem e fecham para Portugal com as mudanças que aí vêm? Com as alterações geopolíticas que se estão a verificar? Com as alterações nos alinhamentos de política comercial? Com as evoluções tecnológicas? Temos resposta para isto? Temos alguma ideia de desígnio nacional?”, questionou.

O candidato presidencial admitiu ainda que não se vai “posicionar como um paladino do liberalismo” ou “fazer uma campanha para favorecer ideias liberais em Portugal no sentido estrito do termo”, embora “toda a gente” conheça o seu passado.

“Vou fazer uma campanha por um país moderno”, traduzindo-se “num país que funciona no dia a dia” e “aberto à mudança”.