Ao segundo dia de campanha, Medina mudou o ritmo, mas não mudou o tom. Depois do arranque quase frenético de segunda-feira, com mais de dez horas de campanha junto da população, o candidato socialista optou esta terça por privilegiar um tema concreto — a habitação, sem surpresa — e marcar diferenças face aos adversários. Medina quis mostrar parte da “obra feita” a que aludiu no primeiro dia e lançar o próximo mandato, com uma meta: cinco mil casas de arrendamento acessível em quatro anos.
O número foi dado de forma hesitante. Em 2017, o autarca da capital tinha prometido seis mil fogos nessas condições, e falhou. Desta vez, na presença de engenheiros e arquitetos, quis jogar pelo seguro, baixando a fasquia e sabendo que vários desses projetos estão já em fases adiantadas de execução.
A primeira ação de campanha, aliás, foi num desses edifícios, em Entrecampos, onde Medina apresentou à comunicação social um prédio construído de raiz em terrenos municipais, com uma arquitetura que privilegia o espaço dos apartamentos (sem corredores) e encimado por um terraço com painéis fotovoltaicos que permitem produzir energia para ser usada pelos moradores do edifício e para alimentar a rede.