Exclusivo

Política

Número de generais na GNR “não se duplica por despacho”, diz Associação de Oficiais

O presidente da associação lembra que a Guarda “não tem capacidade para alimentar essa estrutura” e que teria de ser “profundamente alterada”. Em causa está a orientação do comandante-geral da GNR para um rácio de “um oficial general por mil militares”. “Em teoria, esse alargamento até pode vir a beneficiar o Exército na próxima década”, sinaliza o presidente da AOFA

O comandante-geral da GNR, Rui Clero, pretende duplicar o número de generais daquele corpo de segurança. No despacho para a elaboração de uma proposta de revisão da Lei Orgânica da Guarda, o comandante-geral indica que “a estrutura superior de Comando” deve contemplar “cargos de oficial general em número equiparável à estrutura dos ramos das Forças Armadas”, devendo o rácio ser de “um oficial general por mil militares”. Havendo atualmente cerca de 22 mil militares da GNR, a orientação significa que teriam de ser criadas vagas para mais 11 generais e o Expresso sabe que o Governo tem um decreto-lei preparado no mesmo sentido.

Fonte da GNR comenta ao Expresso que o grupo de trabalho, criado pelo despacho para elaborar uma proposta de revisão da Lei Orgânica, “ainda nem arrancou”, pelo que se trata de um “não assunto”. “Ainda não há documento nem estudo”, sublinha. No entanto, se o estudo for ao encontro das orientações do comandante-geral, os generais na GNR passariam a ser 22. As associações de guardas e sargentos já se colocaram na linha da frente da contestação à Lei Orgânica.